Se você não viveu a década de 90 pode ate ser que o O Demolidor seja uma referência distante. No entanto, o estrelado por Sylvester Stallone lançado em 1993 fez parte de uma geração de produções de ação que traziam elementos da ficção científica como pano de fundo para as histórias apresentadas.
O Demolidor acompanha a história do policial John Spartan (Sylvester Stallone). Depois de ser enganado pelo bandido Simon Phoenix (Wesley Snipes), Spartan é condenado à uma prisão de criogenia. Lá ele passa 36 anos até que é descongelado e volta a atuar no combate ao crime. A de Los Angeles, no entanto, está completamente diferente. O crime foi erradicado, os costumes mudaram e o controle sobre a população parece estar por toda a parte.
Para mostrar essa Los Angeles futurista, o apresenta diversas tecnologias, ainda inéditas à época do seu lançamento. O Baixaki foi pesquisar quais delas deram certo e quais acabaram por se tornar meras exemplos de ficção. Será que as previsões de 1993 se tornaram realidade?
Um dos elementos-chave para a trama de O Demolidor é a conservação de um ser humano pelo processo de criogenia. Trata-se de um processo em que um organismo é congelado, mas mantém por meio de dispositivos elétricos todas as funções vitais do ser humano em funcionamento.
Assim, segundo a teoria apresentada no , é possível deixar alguém congelado por dezenas de anos e trazê-lo à vida quando bem entender. O período funciona como uma espécie de hibernação em que o ser humano não sente a passagem do, voltando à vida com as mesmas características do período em que foi submetido ao processo.
O material genético pode ser guardado por mai de dez anos sem que haja algum tipo de perda ou deterioração. O procedimento não é novo e as primeiras experiências concretas datam da década de 40. A utilização de baixas temperaturas também é a principal alternativa para preservação de órgãos humanos para transplante.
Tablets
No início da década de 90, os desktops ainda faziam parte da realidade de poucos usuários. Os computadores portáteis então, nem se fala. Assim, qualquer tecnologia sugerida que dispensasse fios e pudesse ser carregada para qualquer lugar ainda pareciam sonhos inalcançáveis.
Hoje, pouco mais de 15 anos depois, os tablets são a mais nova febre da indústria da informática. O lançamento do iPad acelerou a corrida pelo formato e praticamente todas as grandes empresas do setor já dispõem de um modelo, disponível nas lojas ou ainda em pré-venda.
Carros com controle de , piloto automático e videoconferência
Em 1993, pensar em veículos pilotados automaticamente e com controle de , GPS e videoconferência integrados ainda era um fato restrito às projeções da ficção científica. Porém, essa é uma inspiração que a ficção tratou de tornar realidade rapidamente.
Hoje, a um custo acessível, é possível ter quase todas essas funções integradas em um veículo. Obviamente comprar um carro com piloto automático que dispense por completo a intervenção do motorista ainda não é opção sensata e tampouco disponível em qualquer veículo.
Aliás, o serviço de videoconferência mostrado em O Demolidor parece arcaico se comparado ao que temos hoje. No , um dos personagens faz uma explanação em uma sala com um monitor em cada cadeira. Será que à época ninguém pensou que poderíamos ter mais de uma pessoa dividindo a mesma tela, como acontece hoje?
Para preservar a paz na Los Angeles do futuro, dois elementos são indispensáveis para o poder público: reconhecimento e controle. O primeiro é feito por meio da leitura da íris. Já o segundo acontece de várias formas, mas a maneira mais eficiente é por meio de chips implantados nos cidadãos que informam a localização exata de cada pessoa em real.
A identificação por leitura biométrica está se tornando cada vez mais popular. No entanto, a principal utilização ainda é a impressão digital. O reconhecimento pela íris já existe e é utilizado em muitas empresas, mas ainda está longe de ser uma alternativa barata ou popular.
Celulares com preços acessíveis que disponham de BlueTooth, Wi-Fi ou 3G permitem que qualquer um, por meio do Twitter, do Facebook ou do FourSquare, informem a localização exata de onde estão. Câmeras de por toda parte, em especial nas grandes cidades, completam o mapeamento completo dos cidadãos.
Easter Eggs: previsões para um futuro próximo
Nem só de previsões tecnológicas vivem os futuristas. Alguns fatos mencionados na produção também merecem destaque e não deixam de ser curiosos. Por exemplo, em 2032 a de Los Angeles deixou de existir, fundindo-se com San Diego e San Francisco, e passou a ser chamada de San Angeles.
Arnold Scharzenegger, então um astro dos de ação, é apontado como tendo sido eleito dos Estados Unidos. Coincidentemente ele entrou para a vida política norte-americana anos depois e hoje é o atual da California, com aspirações de chegar à presidência.
Esse ano, um grupo de brasileiros insistiu junto ao ator Sylvester Stallone, em seu perfil oficial no Twitter, para que ele explicasse o funcionamento delas. Stallone respondeu dizendo que a utilização é similar aos pauzinhos da culinária Oriental. Mas e a terceira concha? O mistério permanece.
O que você achou das previsões apresentadas no O Demolidor? Acredita que num futuro próximo poderá existir criogenia nos mesmos moldes apresentados na produção? Deixe o seu comentário e participe.
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