As Torres do silêncio são construções em forma de circulo que possuem usos e simbologias funerárias para os adeptos do Zoroastrismo. Eles consideram o corpo de um cadáver impuro, e para não violar a sacramentalidade da terra, recusam-se a enterrar ou cremar um corpo. Em vez disso, depositam o defunto no alto duma nas montanhas, onde os abutres vêm e devoram sua carne, logo após os ossos entram em contato com cal virgem, para que possam se desintegrar e depois disso serem jogados num cursor d’água onde seguem em direção ao mar, não tocando assim o solo.
Este costume milenar está se extinguindo. No Irã, a pátria original do zoroastrismo, a última Torre do Silêncio, a de Yazd, foi fechada recentemente por falta de equipamento humano para mantê-la. , se um zoroastriano morre sem antes deixar registrado oficialmente o desejo de ter seu corpo enviado para que cuidem dele na Índia, e a família não pague as despesas, não haverá para ele um funeral que esteja em conformidade com a sua fé.
(Vista aérea de uma antiga torre na periferia de Yazd, Irã, atualmente em desuso. Por motivos de , na década de setenta do século passado, foi proibido no país os ritos fúnebres praticados Zoroastrismo.)
A Torre do Silêncio ainda em atividade esta localizada em Mumbai, mas mesmo na Índia, as comunidades zoroástricas têm encontrado dificuldades para seguir com seu ritual funerário tradicional, que é dispendioso e dificultado pela desaparição cada vez mais acelerada dos abutres. Teme-se que a Torre do Silêncio um dia suma da face da terra, e com ela a religião zoroastriana.
(Torre do Silêncio em Mumbai, India. Foto tirada em 1880)
Nos dias de hoje, a maioria dos zoroastrianos, sejam eles parsis (como são conhecidos na Índia) ou membros de comunidades zoroástricas do Irã, Paquistão, dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e em outros países, são cremados após morrer e suas cinzas jogadas ao mar.
As fotos abaixo foram tiradas de uma Torre do Silêncio localizada na Índia, no final dos anos 90.
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